«Um grupo de cientistas da Universidade de Harvard (e um ornitólogo de um museu canadiano) conseguiu descodificar a quase totalidade do genoma dos pequenos moas da espécie Anomalopteryx didiformis, que viviam na Nova Zelândia há centenas de anos. Tinham uma estatura parecida com a do peru e eram aves com uma característica distintiva: não tinham asas.
Na Nova Zelândia viviam não só os moas Anomalopteryx didiformis, que podiam atingir cerca de um metro de altura, mas também oito outras espécies destas aves. Ficaram todas extintas há cerca de 600 anos ou 700 anos, altura em que os seres humanos chegaram à ilha – e não foi coincidência, mas sim consequência sobretudo da caça intensiva por parte dos humanos.
O ADN desta espécie foi reconstituído através do material recolhido de um único osso da pata de uma destas aves, que pertence ao Museu Real do Ontário, no Canadá. O artigo científico em que são apresentadas estes resultados está disponível online desde Fevereiro num repositório de acesso livre de trabalhos científicos de biologia – o bioRxiv –, mas ainda não foi publicado em nenhuma revista científica ou sujeito a avaliação prévia pelos pares. Além da sequenciação completa do ADN das mitocôndrias (as chamadas baterias da célula, que ficam fora do núcleo das células), a equipa relata a primeira descodificação do material genético do núcleo celular de uma espécie de moa.»
Fonte: https://www.publico.pt/2018/03/06/ciencia/noticia/cientistas-recriam-genoma-de-ave-extinta-ha-700-anos-com-adn-de-uma-peca-de-museu-1805091
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