terça-feira, 29 de maio de 2018

Ocupação Científica de Jovens nas Férias

O programa "Ciência Viva no Laboratório - Ocupação Científica de Jovens nas Férias" já envolveu mais de 15 800 alunos que frequentaram estágios científicos em laboratórios de instituições de todo o país.
É preciso COMEÇAR CEDO e não perder oportunidades.

A abertura de inscrições para a edição de 2018 está prevista para a primeira semana de Junho. 

Para informações sobre a abertura das inscrições, consulta aqui a página do Programa Ciência Viva com todas as informações necessárias.



terça-feira, 22 de maio de 2018

Nove tarântulas coloridas e peludas encontradas no Brasil

«Peludas e coloridas, assim são as nove tarântulas agora identificadas no Brasil. Vivem nas árvores e, apesar de poder haver quem pense que têm um aspecto pouco simpático, são inofensivas.
Das nove espécies, classificadas em três géneros diferentes, a que mais chama à atenção é a Typhochlaena costae. Tem o corpo pintalgado de cor-de-rosa, amarelo e azul e é das tarântulas arborícolas mais pequenas que se conhecem, com apenas dois ou três centímetros de comprimento.
Mas no conjunto agora descrito há tarântulas de outras cores e tamanhos, todas elas com um certo ar de peluche, devido aos pêlos no corpo.
As das espécies Iridopelma katiae e Pachistopelma bromelicola, cujos representantes podem chegar aos 13 centímetros de comprimento, têm o corpo de um vermelho quase castanho.
Por que razão o corpo é tão colorido é uma pergunta ainda sem resposta. Esse colorido deve ter alguma função protetora contra predadores. Porém, até ao momento, não  se conhece nenhum trabalho que tenha sido feito para demonstrar a real função dessas cores.
Além de serem coloridas, outro aspecto curioso destes animais, cuja descrição pormenorizada foi publicada na revista ZooKeys, é que algumas das nove espécies vivem dentro de plantas da família das bromélias. “Apenas conhecíamos uma espécie que vivia exclusivamente dentro dessas plantas, e agora temos outra espécie especializada em bromélias”, diz o aracnólogo brasileiro. “Nos locais onde vivem tarântulas arborícolas, esse é dos poucos com água e um refúgio para a luz solar intensa”, acrescenta um investigador, citado num comunicado do grupo editorial da revista.
A intensa actividade humana, com a destruição do seu habitat, pode ter efeitos perversos na preservação destas espécies, que são dependentes da vegetação. Apesar de não haver estudos que mostrem que estão ameaçadas, o cientista sugere mais investigações, para garantir a conservação das espécies. Além disso, é preciso ter cuidado com outra ameaça: como são espécies coloridas, podem atrair o interesse do comércio de animais de estimação.»

Nota: A tarântula da foto (de Rogério Bertani) é da espécie Typhoclaena costae e vive no Estado de Tocantins, no Brasil.

Fonte: https://www.publico.pt/2012/11/12/ciencia/noticia/nove-tarantulas-coloridas-e-peludas-encontradas-no-brasil-----1572204

segunda-feira, 21 de maio de 2018

A camada de ozono está a ser destruída por emissões misteriosas

«Em forma de aerossóis ou refrigerantes, os clorofluorocarbonetos (CFC) foram identificados nos anos 80 como os responsáveis pelo buraco da camada de ozono. Por isso, vários países comprometeram-se a substitui-los. Agora, cientistas dos Estados Unidos, Holanda e Reino Unido voltaram a medir as concentrações de CFC na atmosfera e ficaram surpreendidos. A taxa de declínio de um tipo de CFC na atmosfera – o CFC-11 – abrandou cerca de 50% desde 2012. A equipa sugere num artigo científico publicado esta quinta-feira na revista Nature que estas emissões se devam a novas fontes. Suspeita-se de que essas emissões sejam ilegais e possam vir do Leste asiático.
Em 1985, descobriu-se um buraco na camada de ozono sobre a Antárctida. Na altura, os cientistas perceberam que os químicos sintéticos CFC, usados em aerossóis, refrigerantes, solventes ou na produção de espuma rígida de empacotamento, eram os culpados pela destruição do ozono estratosférico. Esta camada é fundamental para os seres vivos porque absorve mais de 95% da radiação ultravioleta proveniente do Sol. Era necessária uma resposta a este problema. Portanto, em 1987, 150 países assinaram um tratado – o Protocolo de Montreal – em que se comprometiam a eliminar a produção destes gases.
Equipas de cientistas têm vindo a comunicar algumas melhorias na camada de ozono. No final de 2017, a NASA revelava que o buraco da camada de ozono sobre a Antárctida encolheu para o menor tamanho desde 1988. Este assunto foi também uma das boas notícias no segundo aviso dos cientistas à humanidade.
Vamos então às novas notícias: a partir de 2012, verificou-se que o seu declínio abrandou cerca de 50%. “Temos vindo a fazer medições há mais de 30 anos e isto é do mais surpreendente que temos visto”, reage Stephen Montzka, da agência dos oceanos e da atmosfera dos EUA (NOAA) e um dos autores do trabalho, ao jornal The Washington Post. “As emissões [deste CFC] foram mais altas cerca de 25% em 2014 do que entre 2002 e 2012”, frisa por sua vez ao PÚBLICO Michaela Hegglin.
O aumento das emissões de CFC-11 foi detectado em plumas de ar no Observatório de Mauna Loa, no Havai. No artigo científico, sugere-se que é provável que estas emissões estejam a ser lançadas no Leste asiático. Mas não é a única opção considerada pelos cientistas no artigo: “Embora esta prova [das plumas] sugira fortemente que o aumento das emissões venha do Leste asiático depois de 2012, mudanças no período de vida do CFC-11 ou da dinâmica nas trocas entre as estratosfera e a troposfera poderão influenciar a magnitude das emissões.” Ainda se refere que o aumento das demolições de edifícios que tinham antigos resíduos de CFC-11 ou uma produção acidental poderão ter causado a emissão desta substância. Contudo, isto não justificaria o aumento registado nos últimos anos.»

Fonte: https://www.publico.pt/2018/05/17/ciencia/noticia/a-camada-de-ozono-esta-a-ser-destruida-por-emissoes-misteriosas-1830409#&gid=1&pid=1

Consulta aqui a monitorização da NASA do buraco na camada de ozono

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Ébola já chegou a uma cidade da República Democrática do Congo

«O surto do Ébola na República Democrática do Congo entrou numa “nova fase” depois de um caso de infecção por este vírus letal ter sido detectado na cidade de Mbandaka, no Noroeste do país, onde vive um milhão de pessoas – informou esta quinta-feira o ministro da Saúde congolês, Oly Ilunga Kalenga. Por esta razão, a Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou uma reunião do Comité de Emergência para esta sexta-feira, 18 de Maio, para analisar os riscos internacionais deste surto, acaba de anunciar o porta-voz da OMS, Christian Lindmeir.
O comité de peritos da OMS vai decidir se declara este surto como “emergência de saúde pública de âmbito internacional”, o que desencadearia um maior envolvimento internacional, mobilizando mais investigação e recursos. Até agora, as 23 mortes atribuídas a este surto do vírus do Ébola na República Democrática, divulgado a 8 de Maio, ocorreram em áreas mais isoladas, o que daria às autoridades mais possibilidades de conter o vírus. O anúncio do primeiro caso urbano baixa essas hipóteses.

A OMS, que na quarta-feira fez chegar as primeiras vacinas experimentais a este país da África central, já manifestou a sua preocupação em relação à chegada da doença a Mbandaka, o que torna o surto muito mais difícil de combater.
É a nona vez que um surto de Ébola é registado na República Democrática do Congo (ex-Zaire) desde o primeiro aparecimento conhecido da doença perto do rio Ébola, no Nordeste do país, nos anos 70. O vírus do Ébola é muito temido por causa das hemorragias internas e externas provocadas por danos nos vasos sanguíneos.»

Fonte:https://www.publico.pt/2018/05/17/ciencia/noticia/ebola-ja-chegou-a-uma-cidade-da-republica-democratica-do-congo-1830400


terça-feira, 15 de maio de 2018

Filme mostra como a infecção por VIH acontece por via sexual

«Uma equipa de investigadores em França construiu um modelo in vitro da camada mucosa da uretra para observar todos os detalhes do momento do primeiro contacto, por via sexual, entre um linfócito T infetado com o VIH e um novo hospedeiro. O resultado deste trabalho é um vídeo que mostra uma impressionante e nítida sequência dos vários passos da estratégia de ataque na chegada do VIH a um novo organismo. Nas imagens vemos, por exemplo, a formação de uma bolsa quando o linfócito T infetado chega até às células epiteliais, e os raios verde fluorescente que o vírus da sida dispara para a mucosa, funcionando como se estivesse munido de uma arma laser. O filme da invasão do VIH foi agora publicado (ou exibido) na revista Cell Reports.
“Os vírus transmitidos dessa forma atravessam a barreira de células epiteliais e alcançam importantes células do sistema imunitário presentes na mucosa genital, os macrófagos, nos quais o VIH se estabelece de forma latente e duradoura”, esclarece Fernando Real. O mecanismo usado pelo vírus da sida neste momento da infecção era conhecido, mas, ainda assim, os investigadores ficaram surpreendidos com o que observaram no tecido vivo
“Foi surpreendente e impressionante observarmos que as células infetadas espalhavam vírus em jatos direcionados às células epiteliais, pulverizando VIH pela mucosa genital durante minutos. O fenómeno era claramente distinto das transmissões de VIH entre células isoladas in vitro descritas anteriormente na literatura científica”, confirma Fernando Real. As imagens são, de facto, impressionantes e permitem acompanhar a estratégia de invasão deste vírus, marcado a verde fluorescente, no tecido da camada mucosa da uretra.»

aqui a Infeção do VIH vista em direto

Fonte:https://www.publico.pt/2018/05/15/ciencia/noticia/filme-mostra-como-a-infeccao-por-vih-acontece-por-via-sexual-1830004

terça-feira, 8 de maio de 2018

5 curiosidades sobre Einstein

1. Os pais estavam preocupados com as suas capacidades cognitivas

É considerado um dos maiores génios da história, mas, em criança, os seus pais até recearam que tivesse problemas cognitivos. No livro do jornalista Denis Brian, Einstein: a life, sugere-se que os pais de Albert Einstein (Hermann Einstein e Pauline Koch) ficaram alarmados com o tempo que o filho demorou até conseguir falar — não o fez antes dos três anos, como o próprio Einstein contou em 1954, ao seu primeiro biógrafo, Carl Seelig:
"Os meus pais estavam preocupados porque comecei a falar tarde, comparativamente [a outras crianças], e consultaram um médico por causa disso. Não te consigo dizer que idade tinha na altura, mas não tinha certamente menos de três anos", revelou.
2. Primeiro artigo científico escrito aos 15 ou 16 anos
Com que idade escreveu Albert Eistein o seu primeiro artigo científico? Com 15 ou 16 anos, ou seja, entre 1894 e 1895, segundo o site Business Insider, que cita a coleção de ensaios “A Era de Ouro da Física Teórica”, organizada pelo historiador científico Jagdish Mehra. Escreveu-o já em Itália, para onde a sua família se mudou em 1894. O seu ensaio, intitulado “Sobre a investigação acerca do estado do éter nos campos magnéticos”, foi enviado ao seu tio materno, Casar Kach, que vivia então em Antuérpia (Bélgica).
3. Excecional a física… não tão bom a matemática
Aos 21 anos, em 1900, Albert Einstein licenciou-se pelo Politécnico de Zurique. Nas cadeiras de física mostrou qualidades excecionais: em 14 das cadeiras que frequentou, teve nota máxima a 5. A matemática, contudo, não era tão bom, relata o Business Insider, que cita ainda uma frase do físico, já mais velho, que reflete sobre as suas considerações iniciais sobre a disciplina:
"Ainda não tinha percebido, enquanto estudante, que um conhecimento mais profundo dos princípios básicos de física estava diretamente ligado aos métodos matemáticos mais complexo."
Recorde-se que Albert Eistein também refletiu muito sobre os temas de educação, dando vários conselhos sobre como se deve educar os jovens. Pode lê-los aqui.
4. Um dos grandes inimigos para a vida: Henri Bergson
O filósofo francês Henri Bergson foi um dos grandes inimigos de Albert Einstein. Segundo a New Yorker, este ficou “particularmente irritado” pela proeminência de cientistas (que não de ciências sociais) e físicos no meio intelectual (e Einstein era um delas). Nas suas teorias defendia que a noção de tempo não podia ser reduzida ao tempo cronometrado, visível nos relógios, e que a ciência exata e o racionalismo não eram as melhores ferramentas para compreender a realidade. Einstein opunha-se, e os dois discutiram o assunto para o resto das suas vidas. Henri Bergson chegou mesmo a sugerir que o talento de Einstein não era assim tão diferente do de H. G. Wells, escritor de ficção científica, cujo romance “A Máquina do Tempo” considerava o tempo como pertencendo a uma quarta dimensão.
5. Quando ganhou um Nobel, não foi pela teoria da relatividade
Quando Albert Einstein ganhou o prémio Nobel da Física, em 1921, não foi com a Teoria Geral da Relatividade, mas “pelos seus serviços para a Física Teórica, em especial pela sua descoberta da lei do efeito fotoelétrico”. A New Yorker liga o facto de Einstein não ter ganho um Nobel pela Teoria da Relatividade às críticas feitas por Henri Bergson: diz que as objeções deste último “foram parcialmente responsáveis” por isso.
Fonte: https://observador.pt/2016/02/11/9-curiosidades-albert-einstein/

segunda-feira, 7 de maio de 2018

3 importantes descobertas da ciência que foram feitas acidentalmente

1. Raios-X
O físico alemão Wilhelm Roentgen estava a trabalhar com tubos de raios catódicos no seu laboratório quando, em 1895, percebeu que eles iluminavam uma divisória na sala, mesmo quando estavam cobertos. Ele tentou bloquear a luz com vários objetos, mas nada funcionava. Até que ele colocou a sua mão em frente aos tubos e viu a imagem dos seus ossos projetada na divisória. A tecnologia foi aprimorada com chapas fotográficas e começou a ser usada nos hospitais — apesar de, na época, não saberem dos riscos que envolviam esta outra descoberta acidental.
2. Velcro
Após passear pelos Alpes com seu cachorro, o engenheiro suíço George de Mestral notou que pequenos pedaços de uma planta do género Arctium tinham ficado agarrados à sua roupa. As sementes eram cobertas de pequenos ganchos, que permitiram que elas ficassem presas no cientista. Assim, Mestral decidiu criar um objeto tão aderente quanto aquelas sementes: o velcro.
3.  Insulina
Em 1889, os médicos Oscar Minkowski e Josef von Mering removeram o pâncreas de um cão para entender como o órgão afetava a digestão. Dias depois, moscas aglomeraram-se em volta da urina do bichinho, que estava cheia de açúcar. Ao remover o pâncreas, os médicos não conseguiram descobrir a causa do fenómeno. Duas décadas depois, dois pesquisadores da Universidade de Toronto, Frederick Banting e John Macleod, conseguiram isolar a substância excretada pelo pâncreas que regulava o nível de açúcar no sangue: a insulina. Em 1923, ganharam o Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina.
Fonte: https://revistagalileu.globo.com