quinta-feira, 22 de março de 2018

Morreu o último rinoceronte-branco-do-norte macho

«Sudan, o último rinoceronte-branco-do-norte macho, morreu nesta segunda-feira aos 45 anos. A informação foi avançada pela reserva natural queniana de Ol Pejeta, onde o animal vivia desde 2009. Com a saúde de Sudan a deteriorar-se de dia para dia, a reserva natural tomou a decisão de o abater, conforme explica em comunicado. Agora há apenas duas fêmeas de rinoceronte-branco-do-norte no mundo inteiro.

“O seu estado de saúde piorou significativamente nas últimas 24 horas; estava impedido de se levantar e estava a sofrer bastante”, informou a reserva natural Ol Pejeta, citada pela Reuters. “A equipa veterinária do zoológico de Dver Kralove, o Ol Pejeta e os Serviços de Fauna Selvagem do Quénia decidiram eutanasiá-lo.

Sudan sofria de problemas nos músculos e nos ossos, provocados pela idade avançada. Nos seus últimos dois meses de vida, Sudan lutou contra uma infecção recorrente na pata esquerda. No início de Março, a equipa da reserva natural informou que o rinoceronte tinha sofrido uma recaída e que estava em estado grave (...).

“É muito triste perder o Sudan, porque mostra claramente a extensão da ganância humana e o tipo de impacto que os humanos podem ter na natureza”, disse o responsável pela conservação da vida selvagem de Ol Pejeta, Samuel Mutisya, à Reuters. Mutisya referia-se ao facto de a espécie ter sido caçada até ao limiar da extinção devido à procura internacional pelo corno do rinoceronte.»

Fonte: https://www.publico.pt/2018/03/20/ciencia/noticia/morreu-o-ultimo-rinocerontebrancodonorte-macho-1807290

terça-feira, 20 de março de 2018

Os polos magnéticos da Terra podem estar prestes a inverter-se, alertam cientistas

«Não é um thriller de ficção cientifica, mas bem podia ser. A polaridade da Terra pode estar prestes a inverter-se e isso pode trazer uma série de consequências graves para o planeta.O núcleo da Terra gera um campo magnético que atua como um "campo protetor" contra ventos solares e radiações capazes de danificar o planeta.Este campo estende-se durante milhares de quilómetros no espaço e o seu magnetismo afeta tudo o que se passa na terra.Um grupo de cientistas descobriu que este campo enfraqueceu cerca de 15% ao longo dos últimos 200 anos. E isso, defendem, pode ser sinal de que os polos magnéticos terrestres estão prestes a inverter-se.

A animação representa a evolução do campo magnético terrestre, de 1910 a 2020. As linhas azuis representam um campo magnético mais fraco, as linhas vermelhas um campo mais forte. A linha verde é o limite entre ambos. O magnetismo sobre a América do Sul está a enfraquecer e a área vermelha sobre a América do Norte está a perder força.
A animação representa a evolução do campo magnético terrestre, de 1910 a 2020. As linhas azuis representam um campo magnético mais fraco, as linhas vermelhas um campo mais forte. A linha verde é o limite entre ambos. O magnetismo sobre a América do Sul está a enfraquecer e a área vermelha sobre a América do Norte está a perder força.
NOAA National Centers for Environmental Information

Esta inversão poderá significar a entrada de "correntes devastadoras de partículas do sol, raios cósmicos galácticos, um maior número de raios ultravioleta-B graças a uma camada de ozono danificada pela radiação" na atmosfera terrestre, entre outras coisas que podem magoar ou mesmo matar os seres vivos, afirma a jornalista científica Alanna Mitchell, no seu relatório na plataforma Undark.
E os riscos podem não ser, apenas, biológicos: a inversão polar pode interferir com os satélites que controlam as redes elétricas terrestres, levando a apagões generalizados capazes de durar décadas. 
Segundo Daniel Bakerdiretor do Laboratory for Atmospheric and SpacePhysics, na University of Colorado Boulder, parte do planeta poderá ficar mesmo "inabitável" durante a inversão, explica no mesmo relatório.
"Imagine momentaneamente que a sua corrente elétrica é cortada durante alguns meses – muito poucas coisas funcionam sem eletricidade nos dias de hoje", explica Richard Holme, professor de ciências na Liverpool University ao Mail Online.» 

Fonte: http://visao.sapo.pt/actualidade/futuro/2018-02-02-Os-polos-magneticos-da-Terra-podem-estar-prestes-a-inverter-se-alertam-cientistas

Vida fora da Terra

«"Se nos confrontássemos com a descoberta de vida fora da Terra, ficaríamos bastante animados com isso", garantiu o investigador Michael Varnum, à frente do estudo que foi apresentado este sábado na reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência em Austin, no Texas, EUA.
Para fazer o estudo, a equipa de investigadores analisou, através de um programa, a linguagem de notícias publicadas em jornais sobre a possibilidade de se provar que a vida extraterrestre existe. O programa "quantifica emoções, sentimentos, impulsos e outros estados psicológicos em textos escritos" e, como resultado, obtiveram-se "mais emoções positivas do que negativas".
A par da análise do programa, a equipa entrevistou cinco mil pessoas e perguntou-lhes como se sentiriam com essa descoberta. Também aí os resultados apontam para uma reação geral positiva.»

Fonte: https://ionline.sapo.pt/601213 (notícia de 19-02-2018)

quinta-feira, 15 de março de 2018

Morreu Stephen Hawking, uma singularidade no Universo






«Stephen Hawking, singular a tantos níveis, morreu esta quarta-feira de madrugada na sua casa em Cambridge, aos 76 anos. O físico britânico, um dos nomes da ciência mais prestigiados e o cientista da actualidade mais conhecido em todo o mundo, trouxe um novo olhar sobre os buracos negros, nunca deixando de se indagar sobre a origem do Universo. Ao mesmo tempo que provocava, com humor e intelecto, o que sabíamos sobre o cosmos – tanto junto da academia como do público –, desafiava os próprios limites da vida humana.


Aos 21 anos, foi-lhe dito que sofria de esclerose lateral amiotrófica e que teria dois anos de vida pela frente. A doença veio a afetá-lo gradualmente, ao ponto de conseguir mexer pouco mais do que um dedo e piscar os olhos, mas o físico fintou o diagnóstico pessimista: com a ajuda de uma cadeira de rodas e um sintetizador de voz, ultrapassou em quase cinco décadas o tempo de vida que lhe era dado – sem nunca prescindir de participar na comunidade científica.

Stephen Hawking nasceu em Oxford a 8 de Janeiro de 1942 – precisamente 300 anos depois da morte de Galileu Galilei, como gostava de mencionar – e morreu a 14 de Março deste ano – no dia do nascimento de Albert Einstein há 135 anos, que é também o dia do Pi (3,14).»

Fonte: https://www.publico.pt/2018/03/14/ciencia/noticia/morreu-stephen-hawking-1806547

segunda-feira, 12 de março de 2018

Vê este robô resolver um cubo mágico em 0,38 segundo


Um robô feito em casa por um engenheiro de software e um estudante de pós-graduação do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, resolveu um cubo mágico em 0,38 segundo – o que dá um movimento a cada 15 milésimos de segundo. O recorde anterior era 0,63 segundo – quase o dobro. 
As pastilhas cor de laranja foram pintadas de preto para facilitar a vida dos sensores – que não estavam a conseguir distingui-las das vermelhas. Os seis motores utilizados alcançam uma velocidade de mil rotações por minuto em um centésimo de segundo. E os cubos… bem, eram os mais baratos disponíveis na Amazon. Afinal, vários foram destruídos até a máquina chegar na regulação ideal.
Fonte: https://super.abril.com.br/ideias/veja-este-robo-resolver-um-cubo-magico-em-038-segundo/

quinta-feira, 8 de março de 2018

Recriado o genoma de ave extinta há 700 anos com peça de museu

«Um grupo de cientistas da Universidade de Harvard (e um ornitólogo de um museu canadiano) conseguiu descodificar a quase totalidade do genoma dos pequenos moas da espécie Anomalopteryx didiformis, que viviam na Nova Zelândia há centenas de anos. Tinham uma estatura parecida com a do peru e eram aves com uma característica distintiva: não tinham asas.

Na Nova Zelândia viviam não só os moas Anomalopteryx didiformis, que podiam atingir cerca de um metro de altura, mas também oito outras espécies destas aves. Ficaram todas extintas há cerca de 600 anos ou 700 anos, altura em que os seres humanos chegaram à ilha – e não foi coincidência, mas sim consequência sobretudo da caça intensiva por parte dos humanos.

O ADN desta espécie foi reconstituído através do material recolhido de um único osso da pata de uma destas aves, que pertence ao Museu Real do Ontário, no Canadá. O artigo científico em que são apresentadas estes resultados está disponível online desde Fevereiro num repositório de acesso livre de trabalhos científicos de biologia – o bioRxiv –, mas ainda não foi publicado em nenhuma revista científica ou sujeito a avaliação prévia pelos pares. Além da sequenciação completa do ADN das mitocôndrias (as chamadas baterias da célula, que ficam fora do núcleo das células), a equipa relata a primeira descodificação do material genético do núcleo celular de uma espécie de moa.»

Fonte: https://www.publico.pt/2018/03/06/ciencia/noticia/cientistas-recriam-genoma-de-ave-extinta-ha-700-anos-com-adn-de-uma-peca-de-museu-1805091 

segunda-feira, 5 de março de 2018