segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Antropoceno: E se formos os últimos seres vivos a alterar a Terra?

«Foi o ano passado que Maria Paula Diogo e Ana Simões – ambas coordenadoras do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia (CIUHCT) –, bem como investigadores internacionais, se colocaram no lugar de um Peter Schlemihl viajante no tempo. “Como interpretaria ele objectos desconhecidos, por exemplo um saco de plástico pendurado numa árvore?”, pergunta ao PÚBLICO Maria Paula Diogo, também da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

A resposta está no diário que a equipa concebeu no ano passado no âmbito do “Anthropocene Curriculum”, um projecto educacional de debate sobre o Antropoceno promovido, desde 2014, pelo Instituto Max Planck para a História da Ciência, em Berlim, Alemanha. “Exploro o desconhecido, e cedo compreendo que muitas espécies habitam este surpreendente novo mundo”, afirma nesse diário o imaginário Peter Schlemihl. E, com os seus “olhos de botânico”, tenta classificar o que vê: chama Metalica rhinoceros aos carros, comparando-os a rinocerontes, e Mosca majora a um helicóptero, que lhe parece um “enorme e rápido insecto voador”. E as bicicletas são Metalica hippos, descritos como “rebanhos de uma nova espécie de cavalos selvagens”, que, acrescenta, “são provavelmente perigosos, pois estão frequentemente algemados [com cadeados].”

Esta nova forma de olhar para os objectos modernos é, explicam as investigadoras portuguesas, uma reflexão sobre o “borrão” em que o Antropoceno transformou o mundo: “O que é realmente natural num mundo profundamente moldado pela humanidade e, ao mesmo tempo, adaptado à tecnologia?”, perguntam na esperança de que alguém se junte a elas num debate que consideram urgente.

A expressão “Antropoceno” é atribuída ao químico e prémio Nobel Paul Crutzen, que a propôs durante uma conferência em 2000, ao mesmo tempo que anunciou o fim do Holoceno – a época geológica em que os seres humanos se encontram há cerca de 12 mil anos, segundo a União Internacional das Ciências Geológicas (UICG), a entidade que define as unidades de tempo geológicas. 

Mas o que é exactamente o Antropoceno e por que está a receber tanta atenção? É, como o nome antecipa, a época dos humanos. A nossa espécie está a deixar marcas na Terra. 

Estamos a falar de fenómenos registados em gráficos como a curva de Keeling – que mostra a concentração de dióxido de carbono na atmosfera terrestre – e que, em 2016, atingiu um valor recorde (403 partes por milhão, ou seja por cada milhão de moléculas na atmosfera há agora 403 de dióxido de carbono). Ou como os microplásticos nos oceanos, que não só prejudicam os ecossistemas marinhos como acabam, a certa altura, no nosso prato – numa demonstração de como o feitiço se pode virar contra o feiticeiro. 

(...)

A verdade é que os humanos não são os primeiros seres vivos a alterar o planeta: o surgimento de oxigénio na atmosfera, que nos permite respirar, deve-se à fotossíntese feita pelas cianobactérias há mais de 2000 milhões de anos. Mas e se formos os últimos? “Estamos a transformar a Terra em Vénus”, alerta Jürgen Renn, referindo-se ao planeta vizinho que tem uma atmosfera muito densa, predominantemente constituída por dióxido de carbono, com um efeito de estufa infernal. E a Terra – conhecida como o planeta azul – poderá um dia dar lugar a uma paisagem desértica e poeirenta. A pergunta, sugere Maria Paula Diogo, que se impõe é: “Começamos a pensar em soluções para fora do planeta, mas não será mais relevante pensarmos como resolver os problemas que temos hoje, na Terra?”»

in https://www.publico.pt/2017/12/02/ciencia/noticia/antropoceno-e-se-formos-os-ultimos-seres-vivos-a-alterar-a-terra-1794551

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

O que é o glifosato?

Quando foi inventado o glifosato?

Foi inventado na Suíça, em 1950, mas acabou por ser esquecido, uma vez que não se percebeu, na altura, que podia ser utilizado como herbicida, para matar uma grande variedade de espécies vegetais e, sobretudo, para queimar ervas daninhas. Mais tarde, em 1969, o cientista John Franz foi quem acabou por desenvolver a fórmula química. E lançou-se assim, em 1974, o Roundup, a marca da empresa norte-americana Monsanto, para a qual John Franz trabalhava. Desde então têm-se produzido muitas variações do produto. Só na Europa existem cerca de 300 herbicidas à base de glifosato de 40 empresas. O uso do herbicida tem vindo a aumentar no mundo, por exemplo, devido ao desenvolvimento de culturas geneticamente modificadas com o objetivo de resistirem a este herbicida.

Quantos relatórios foram elaborados sobre o glifosato nos últimos tempos?

Entre 2016 e 2017, foram elaborados quatro relatórios por várias instituições. O primeiro – da Agência Internacional para a Investigação do Cancro, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e publicado em Março de 2015 – considerou o glifosato um herbicida genotóxico (com efeitos negativos para o ADN) e “provavelmente” carcinogénico, o que contribuiu para alimentar os protestos de alguns países e de grupos ambientalistas. Os outros três relatórios concluíram, contudo, que é pouco provável que o glifosato provoque cancro nas pessoas. Um destes últimos relatórios incluía entre os autores a OMS. Por isso, a OMS alertou para o facto de os vários relatórios parecerem contradizer-se, mas que, na verdade, são complementares: o glifosato pode ser perigoso, mas não representa necessariamente um risco para a saúde. A diferença entre perigo e risco foi explicada pela OMS em Maio de 2016: um produto químico pode ser perigoso em si mesmo, mas representar um risco mínimo para a saúde das pessoas tendo em conta a exposição a ele a que estão sujeitas, devido, por exemplo, à sua ocupação profissional, ao ambiente ou à comida.  

Fonte:https://www.publico.pt/2017/11/27/ciencia/perguntaserespostas/o-que-e-o-herbicida-1794123

Jovem de 11 anos ganha prémio de ciência no valor de 25 000 dólares

Gitanjali Rao, uma aluna do estado norte-americano do Colorado que frequenta o sétimo ano, recebeu o título de Melhor cientista jovem americana por ter criado um aparelho que detecta chumbo na água potável, noticia a CNN. A invenção da jovem de 11 anos foi inspirada pela crise da água de Flint, no Michigan, onde os cortes de custos levaram à contaminação da água potável. Segundo a jovem, o seu aparelho é mais rápido a concluir a medição e tem custos mais baixos do que os métodos actuais.

A par do título no Discovery Education 3M Young Scientist Challenge, Gitanjali Rao ganhou um prémio no valor de 25.000 dólares que será usado para “desenvolver o aparelho com o intuito de o poder comercializar brevemente”, disse à CNN.







segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Pausa para refletir...

A filosofia, diz-se por vezes, não serve para nada. [...]
Mas será verdade que a filosofia não serve para nada? Claro que não. A filosofia, como a ciência, como a arte e como a religião, serve para alargar a nossa compreensão do mundo. Em particular, a filosofia oferece-nos uma compreensão da nossa estrutura conceptual mais básica, oferece-nos uma compreensão daqueles instrumentos que estamos habituados a usar para fazer ciência, para fazer religião e para fazer arte, assim como na nossa vida quotidiana. A filosofia é difícil porque se ocupa de problemas tão básicos que poucos instrumentos restam para nos ajudarem no nosso estudo. Os matemáticos fazem maravilhas com os números; mas são incapazes de determinar a natureza última dos próprios números -- têm de se limitar a usá-los, apesar de não saberem bem o que são. Todos nós sabemos pensar em termos de deveres, no dia a dia; mas a filosofia procura saber qual é a natureza desse pensamento ético que nos acompanha sem nós darmos muitas vezes por isso.
Para compreendermos melhor as dificuldades da filosofia é conveniente pensar numa metáfora. Imagine-se que eu estou a fazer uma casa. Preciso de usar vários instrumentos, como a pá de pedreiro, e vários materiais, como o cimento. Mas quando quero fazer uma pá de pedreiro, ou quando quero fazer o cimento, terei de usar outros instrumentos mais básicos. E depois terei de ter instrumentos para fazer os instrumentos com que faço a pá de pedreiro ou o cimento. E por aí fora. Experimente ir para uma ilha deserta fazer uma casa, sem levar nada da civilização. Será extremamente difícil: não terá instrumentos à sua disposição para fazer nada, exceto as suas mãos e a sua inteligência.
Num certo sentido, é esta a dificuldade da filosofia: estamos a tentar estudar os próprios instrumentos que usamos habitualmente para pensar. Por esse motivo, falta-nos instrumentos, falta-nos apoio. Mas não estamos completamente desamparados; temos a argumentação para nos ajudar. São os argumentos que fazem a diferença. São os argumentos que nos permitem ir mais longe na compreensão da nossa estrutura cognitiva mais profunda, que nos permitem compreender melhor os conceitos que usamos no pensamento quotidiano, científico, artístico e religioso.
É agora claro que a filosofia serve para alguma coisa. Serve para compreendermos melhor a estrutura conceptual que usamos no dia-a-dia, na ciência, nas artes e na religião. Claro que a filosofia não serve para distrair o "povo", como o futebol ou a tourada. Mas também a matemática não serve para isso, nem a religião, nem a arte em geral. Para que serve "Os Maias" de Eça de Queirós? Para que serve a teoria da evolução de Darwin? Para que nos serve saber que só na nossa galáxia há tantas estrelas quantos os segundos que existem em 3 mil anos? Serve para sabermos mais sobre nós próprios e sobre o universo em que habitamos. Tal como a filosofia.

MURCHO, Desidério (2000). O que é a filosofia? http://www.intelectu.com/arquivo.html

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Factos científicos já descobertos em 2017

O site Science Alert fez uma seleção das descobertas científicas do primeiro semestre de 2017. Eis algumas:
1. Os pulmões também servem para produzir sangue. Cientistas da Universidade da Califórnia descobriram que esses órgãos produzem a maior pare das plaquetas do sangue  (cerca de 10 milhões por hora).
2. Em artigo publicado no periódico IOPscience, cientistas verificaram que é impossível criar uma máquina do tempo — a esperança é encontrar materiais que possam "dobrar" o espaço-tempo.
3. A Sibéria tem uma cratera enorme chamada "porta para o submundo" e seu pergelissolo (o tipo de solo encontrado no ártico) está a derreter tão rapidamente que antigas florestas estão a surgir, pela primeira vez, em 200 mil anos.
4. Os primeiros organismos semi-sintéticos já estão a viver entre nós: cientistas americanos criaram novas formas de vida usando um código genético expandido.
5. Vantablack é o material mais escuro conhecido pela ciência e agora pode ser encontrada na forma de spray.
6. Os cristais do tempo são um novo estado de matéria e agora temos um plano real para criar esses "objetos impossíveis".
7. Um novo órgão humano, o mesentério, foi encontrado. Num estudo, cientistas descobriram que ele une o intestino com a parede do abdómen.
8. Carl Sagan estava certo. Na obra O Mundo Assombrado Pelos Demónios, de 1995, o astrónomo prevê que, num futuro no qual as pessoas se sentem descrentes em relação à política e os políticos não conseguem representar os desejos da população, a humanidade iria voltar-se para as pseudociências. Não deu outra
9. O único neurónio que envolve todo o cérebro dos ratos foi encontrado e os estudos sugerem que ele está ligado com a consciência dos mamíferos. É isso, pelo menos, que defendem os cientistas no Institudo Allen de Ciências Neurológicas de Seattle, nos Estados Unidos.
10. O cachorro mais antigo do mundo não está extinto: o cão-cantor-da-nova-guiné parece estar a multiplicar-se. Recentemente, especialistas conseguiram fotografar mais de 15 indivíduos da espécie em um local remoto da Nova Guiné.
11. O apêndice pode não ser tão inútil como imaginávamos. Especialistas notaram que, durante a evolução, ele modificou-se diversas vezes, o que leva a crer que ele tenha alguma importância.
12. Após 130 anos, talvez tenhamos de repensar tudo o que sabemos sobre a árvore genealógica dos dinossauros. Isso graças à descoberta de alguns cientistas que foi publicada na Nature. Segundo eles, o fóssil do tamanho de um gato encontrado na Escócia fê-los reconsiderar a origem das espécies dos animais pré-históricos.
13. Segundo pesquisas feitas na Austrália, é possível que a síndrome do ovário policístico tenha início no cérebro e não nos ovários. Especialistas provaram que ratos que tinham parte do cérebro removido não desenvolviam mais a doença, enquanto os que perdiam os ovários ainda podiam apresentar a síndrome.
14. A Terra pode ter um novo continente: a Zealândia. O sétimo continente forma-se com a junção dos arquipélagos da Nova Zelândia e da Nova Caledónia. Segundos os 11 pesquisadores por trás do estudo, as ilhas seriam parte de um mesmo pedaço de terra com 4,9 milhões de km², que é separado da Austrália.
15. O ser humano causou um impacto tão grande na geologia terrestre que os especialistas estão a pedir para que uma nova "era geológica" seja gerada - a Antropoceno.
16. Os narvais — unicórnios do mar — usam os seus chifres para caçar comida como o peixe bacalhau do ártico. Até então, não se sabia para que essa parte do corpo dos animais era usada, mas o mistério parece ter sido resolvido num vídeo publicado pela National Geographic.
17. A atividade humana criou uma "bolha" que cerca o nosso planeta. As ondas de rádio emitidas criaram a barreira recentemente descoberta.
Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Estação espacial chinesa está em rota de colisão com a Terra

Chama-se Tiangong-1, é uma estação espacial chinesa e deverá colidir com a Terra dentro de poucos meses. O problema, para este caso que não é inédito, é que ainda não é possível calcular o ponto de choque.
Um monitorizador espacial amador detetou, no verão do ano passado, que a estação estava descontrolada, sendo que as Nações Unidas foram oficialmente informadas do sucedido poucos meses depois. Os representantes chineses adiantaram que não sabiam quando é que o laboratório iria despenhar-se no planeta.

Citado pelo The Guardian, Jonathan McDowell, astrofísico na Universidade de Harvard, disse na altura que "não saber quando é que vai cair é sinónimo de não saber onde é que vai cair". O especialista explicou ainda que não haverá forma de impedir que a estação caia numa zona povoada, embora não seja provável que aconteça.
A Tiongong-1 foi lançada em 2011, pesa 8,5 toneladas e completou cerca de 35 mil órbitas terrestres desde a sua estreia no espaço. Os cálculos mais recentes indicam que a colisão acontecerá entre março e abril do próximo ano, mas só será possível determinar o local do embate poucas horas antes deste acontecer. A cair numa zona populada, o tempo será essencial para evitar um desastre de maiores proporções. A maior parte da estrutura deverá, no entanto, arder antes de embater com o planeta.
Recorde-se que uma situação semelhante foi registada com a MIR, a estação espacial russa que foi desativada em 2001.
Disponível em: http://tek.sapo.pt/multimedia/artigos/estacao-espacial-chinesa-esta-em-rota-de-colisao-com-a-terra 


terça-feira, 10 de outubro de 2017

Dóing - Exposição permanente

DÓING - oficina aumentada” é o novo espaço do Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva. Abriu as portas pela primeira vez a 25 de julho, dia do 14º aniversário do Pavilhão, e não tem data para fechar. 
Inspirada no The Tinkering Studio1 do Exploratorium de San Francisco e com uma boa dose de influência do movimento maker 2 e da cultura do-it-yourself, a Dóing é uma oficina, um ateliê de costura, um estúdio de prototipagem, uma pista de lançamento de grandes ideias...
Não se trata de uma exposição. É um espaço para criar, fazer, experimentar, construir e partilhar, onde tentativa e erro se conjugam de forma divertida e inspiradora. São mais de 500 m2 de actividades para makers, curiosos e engenhosos, nerds e geeks, pequenos com grande lata e grandes com pequenas pancadas.
A Dóing divide-se em duas áreas. A área Tinkering contém actividades abertas que nos fazem pensar com as mãos, levando-nos a contornar obstáculos e superar-nos a nós mesmos. Os desafios são diversos: explorar circuitos eléctricos, construir aviões de papel e testar a sua aerodinâmica, criar percursos para que um berlinde se desloque entre dois pontos da forma mais rápida, mais lenta ou qualquer outro desafio a que o visitante se proponha. É um espaço de inovação e criatividade destinado a escolas e famílias.
A área Maker é um espaço de produção, onde os visitantes podem desenvolver os seus próprios projectos. Desde a construção de peças de roupa e joalharia com componentes electrónicos, à impressão de objectos com impressoras 3D, passando pela fabricação de pequenos gadgets, este é um espaço onde as ideias ganham forma.
As áreas serão dinamizadas com actividades e workshops regulares em colaboração com artistas, investigadores e artesãos, combinando arte, ciência e tecnologia.


Tinkering significa reparar, manipular e construir de forma não especializada, através da experimentação. 
O movimento maker enquadra-se na cultura do-it-yourself, com especial interesse nas novas tecnologias como a robótica, a electrónica e a fabricação digital.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

«Em 2017, o Equinócio de Outono, ocorre no dia 22 de Setembro às 20h02 (tempo universal), 21h02 em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, e às 20h02 na Região Autónoma dos Açores. Este instante marca o início do Outono no Hemisfério Norte. Esta estação prolonga-se até ao próximo Solstício que ocorre no dia 21 de Dezembro às 16h28 em Portugal continental.
Equinócio: instante em que o Sol, no seu movimento anual aparente, passa no equador celeste. A palavra de origem latina aequinoctium agrega o nominativo aequus (igual) com o substantivo noctium, genitivo plural de nox (noite). Assim significa “noite igual” (ao dia), pois nestas datas dia e noite têm igual duração, tal é a ideia que permeia a sociedade.
Sobre a duração igual das noites no equinócio, na realidade, não é bem assim…
Os equinócios estão definidos como o instante em que o ponto central do sol passa no equador e, por isso, o centro solar nasce no ponto cardeal Este e põe-se exactamente a Oeste, encontrando-se durante 12 horas acima do horizonte matemático em qualquer lugar da Terra nestes dias.
Contudo, este facto não resulta numa duração do dia solar de 12 horas, pois a luz directa no chão surge quando o bordo superior do sol nasce, tal como desaparece no ocaso, e o sol tem um diâmetro aparente de 32′ (minutos de arco). Além disso há refracção atmosférica: quando o bordo superior está no horizonte o centro do sol encontra-se ≈50′ abaixo do horizonte, mais do que o seu diâmetro.
Com estas condições físicas e devido ao movimento da translação terrestre, apenas no dia 26 de Setembro de 2017 haverá 12,014 horas com luz solar directa no solo. Nesse dia o disco solar nasce às 7h 28min e põe-se às 19h 27min em Lisboa, com apenas 51 segundos de desvio às 12h certas.»

Datas de Mudança da Hora


Portugal continental
Em conformidade com a legislação, a hora legal em Portugal continental:
  • será atrasada  60 minutos às 2 horas de tempo legal do dia 29 de Outubro de 2017.

Região Autónoma da Madeira
Em conformidade com a legislação, a hora legal na Região Autónoma da Madeira:
  • será atrasada  60 minutos às 2 horas de tempo legal do dia 29 de Outubro de 2017.

Região Autónoma dos Açores
Em conformidade com a legislação, a hora legal na Região Autónoma dos Açores:
  • será atrasada  60 minutos à 1 hora de tempo legal do dia 29 de Outubro de 2017.

Informação disponível em Observatório Astronómico de Lisboa


segunda-feira, 25 de setembro de 2017

NASA confirma que Cassini já morreu

«A agência espacial norte-americana (NASA) previa que às 11h31 (hora de Portugal continental), do dia 15 de setembro,  a sonda Cassini mergulhasse no planeta Saturno, destruindo-se no processo. A essa hora perdemos o sinal da sonda e restava-nos aguardar pelo seu último sopro de vida. Assim aconteceu, por volta das 12h55 tivemos a confirmação: a Cassini morreu.
A morte da Cassini foi propositada, o seu combustível estava a acabar. Como tal, tudo foi devidamente planeado, para que a sonda não contaminasse nenhuma lua nem se tornasse lixo espacial. Em Abril deste ano, começou a Grande Final em que a sonda teve de dar 22 mergulhos entre Saturno e os seus anéis, para que pudesse atingir o solo do planeta. “Construiu-se um aparelho perfeito”, disse Julie Webster, responsável da NASA pela equipa de operações da Cassini, na conferência da agência norte-americana após o fim da missão. E avisou logo em modo de brincadeira: “Já estou pronta para construir outra.” Earl Maize também destacou o trabalho da equipa de operações: “Fez um trabalho absolutamente brilhante ao guiar a sonda para um final nobre.”
A missão Cassini-Huygens foi lançada a 15 de Outubro de 1997, a partir da base espacial de Cabo Canaveral, na Florida, nos Estados Unidos. Esta foi uma missão conjunta da NASA, da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Agência Espacial Italiana. A sonda Cassini levava às costas o módulo de aterragem Huygens. A 1 de Julho de 2004, Cassini-Huygens entrou na órbita de Saturno. No mesmo ano, a sonda e o módulo separaram-se e, em 2005, Huygens aterrou na lua Titã (uma das luas de Saturno) e terminou assim a sua parte da missão.
 “A Cassini pode ter desaparecido, mas o seu contributo científico vai manter-nos ocupados durante muitos anos”, disse Linda Spilker, cientista desta missão. Considerou ainda que os 13 anos em que a sonda esteve na órbita de Saturno foram como “uma maratona de descobertas científicas.”»

Adaptado de https://www.publico.pt/2017/09/15/ciencia/noticia/e-agora-a-sonda-cassini-mergulha-para-a-morte-1785522


Uma das últimas fotografias tirada aos anéis de Saturno a 14 de Setembro NASA/JP
(Fonte: https://www.publico.pt/2017/09/15/ciencia/noticia/e-agora-a-sonda-cassini-mergulha-para-a-morte-1785522)

NOVO ANO LETIVO 2017/2018

Os professores do Clube da Ciência desejam a todos os alunos um excelente ano letivo 2017/2018.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Festival da Juventude

O Clube de Ciência esteve representado no Festival da Juventude que decorreu nos dias 18,19 e 20 de maio em Vila Franca de Xira, através da demonstração de atividades com o Arduino.